Salário emocional: o que é e tudo que você precisa saber sobre o conceito

Se você nunca ouviu falar sobre Salário Emocional, não se preocupe, visto que este ainda é um termo recente no mundo da gestão.

A maior parte dos profissionais sequer ouviu esse termo, mas, especialmente se você é um gestor, é crucial que o conheça, a fim de melhorar os processos na sua empresa.

No material de hoje conversaremos um pouco sobre esse assunto, a fim de sanar todas as dúvidas relacionadas a ele.

Então, se deseja aprender sobre o assunto e ainda saber como colocar essa ideia em prática, continue a leitura!

Salário emocional: o que é verdadeiramente importante para a sua vida profissional?

A maior parte das pessoas acredita que o fator mais importante para a aprovação de uma proposta de emprego seja o salário monetário.

E, de fato, essa visão não está errada, visto que dificilmente aceitamos uma proposta que está aquém do nosso valor no mercado profissional.

Mas, quando a pergunta muda para “quais motivos te fizeram sair de um emprego?” É simples notar que o salário cai drasticamente de posição.

Isso porque, podemos citar inúmeros motivos para deixar um emprego além do salário, como:

• Falta de tempo para os estudos;
• Distância de onde mora (gastar 3 horas para chegar ao trabalho deixa qualquer pessoa louca da vida);
• Ausência de benefícios como vale alimentação, auxílio-creche, etc;
• Ambiente de trabalho pouco saudável;
• Metas irreais;
• Poucos dias da semana para descanso (a tal escala 6×1);
• Dificuldade em manter a saúde por falta de incentivo: a empresa não fornece plano de saúde ou não aceita atestado, entre outros exemplos;
• Desrespeito às atribuições do profissional (um vendedor lavando banheiro, por exemplo);
• Falta de perspectiva de promoção;
• Desigualdade entre os cargos (apenas alguns cargos recebem benefícios ou destaque);
• “Agrados” de mal gosto (como sair 1 hora mais cedo no dia do aniversário. É sério isso?);
• Entre outros inúmeros exemplos.

Todos esses problemas vão pesando na rotina do profissional, de modo que este fica cada vez mais desmotivado, até que desiste e pede demissão.

Então, por mais que o salário monetário seja importante, o tal salário emocional é ainda mais, e a seguir entenderemos este conceito em detalhes.

Entenda o que é salário emocional e porque você deveria ter um

Anteriormente vimos diversos exemplos de situações que levam o profissional ao limite, a ponto dele desistir do emprego, mesmo que o salário seja justo.

Isso abre espaço para entendermos o que é o tal salário emocional, um termo que tem sido cada vez mais discutido nos RHs das empresas.

Um salário emocional nada mais é do que um conjunto de estratégias e benefícios adotados pela empresa com intuito de promover contentamento e conforto aos colaboradores.

Desse modo, enquanto o salário monetário oferece retorno financeiro, o salário emocional é oferecido com o intuito de reduzir situações que causem prejuízo ao emocional dos colaboradores.

E, considerando que o ambiente profissional inadequado é o principal responsável pelas demissões por parte do empregado, este é um tópico muito importante.

Desse modo, caso a empresa na qual você trabalha não possua a cultura de oferecer um ambiente e benefícios para contentamento dos colaboradores, é importante ficar alerta.

Isso porque, com o tempo é provável que você fique cada vez mais insatisfeito, o que pode trazer prejuízos à sua vida pessoal também.

Qual a relação entre salário emocional e benefícios flexíveis?

Caso você não saiba o que são benefícios flexíveis, são todos aqueles que não possuem previsão legal, de modo que são pagos pelas empresas visando o bem-estar dos colaboradores.

São exemplos de benefícios flexíveis: GYMPass, Adiantamento de salário, Auxílio-creche, Incentivo aos estudos e tantos outros.

Isso esclarecido, podemos voltar ao nosso assunto, afinal de contas, qual a relação entre salário emocional e benefícios flexíveis?

Embora o salário emocional não se resuma apenas ao “agrado” dos colaboradores, os benefícios flexíveis podem ser de grande ajuda nessa missão.

Isso porque, associados a um ambiente profissional respeitoso e adequado, esse tipo de benefício pode ser interpretado pelos funcionários como vantagens, além de lhes garantir qualidade de vida.

Então, se deseja começar a implementar o salário emocional na sua empresa, vale estudar sobre benefícios flexíveis!

Isso pode te interessar: 5 benefícios para promover o bem-estar dos colaboradores e a importância de fazê-lo – VitalyBrasil.

Conversa com os gestores: dicas para promover salário emocional na sua empresa

Depois de tudo que conversamos, o conceito de salário emocional já deixou de ser um verdadeiro estranho para você.

E, se você é um gestor, agora a conversa será focada em te ajudar, visto que é provável que veja a importância de aderir ao salário emocional na sua empresa.

Veja algumas dicas abaixo:

1. Conheça o perfil da sua equipe

Você lembra de todos os problemas que apresentamos anteriormente relacionados ao descontentamento do colaborador? 

É importante dizer que nem todos esses problemas aparecerão, visto que dependem do perfil da empresa e também da equipe.

Então, o primeiro passo para começar a implementar o salário emocional na sua empresa é justamente compreender quais são os pontos mais importantes para a sua equipe.

Por exemplo, se a sua equipe é formada majoritariamente por mães, as necessidades emocionais são mais específicas, como: auxílio-creche, liberdade de horário para levar os filhos ao médico, auxílio-saúde, programas de incentivo à inserção de mães no mercado, entre outros.

Já se a sua equipe é formada em sua maioria por jovens, incentivo aos estudos e um ambiente emocionalmente encorajador podem ser grandes acertos.

Então, avalie esse ponto cuidadosamente.

2. Coloque-se no lugar do outro 

Um grande erro que muitas empresas cometem ao lançar estratégias de salário emocional é justamente apostar em ideias genéricas, apenas para parecer que a gestão se importa como colaborador.

Quer um exemplo disso? O tal bombom na mesa do funcionário logo após ele bater uma meta de R$ 140 mil. Nem precisamos falar na péssima sensação que isso causa a ele, né?

O salário emocional só se fará presente quando a gestão passar a se preocupar verdadeiramente com a equipe, colocando-se no lugar das pessoas.

Então, se você não gostaria da “surpresa” de ser promovido com um acréscimo de R$ 100,00 no salário e dez atribuições novas, por que o seu colaborador gostaria?

Então, pense em ideias que realmente promovam incentivo, felicidade e sensação de pertencimento a um local que verdadeiramente se importa.

3. Pense em uma mudança estrutural na liderança da equipe 

O exemplo do bombom que demos anteriormente é excelente para ilustrar como, por vezes, os líderes não percebem que estão fazendo “pouco caso” de seus colaboradores.

Isso porque, o esforço para bater uma meta de R$ 140 mil certamente não é pequeno, e um bombom de R$ 1,50 como recompensa pode parecer até deboche.

Isso porque, mesmo que de forma indireta, essa atitude passa a impressão de que o gestor acredita que o esforço foi tão simples quanto a recompensa.

E, não, não estamos dizendo que você deveria dar R$ 140 mil de recompensa, mas, uma ideia mais personalizada e proporcional ao esforço certamente cairia bem melhor.

Então, mude a sua forma de pensar e gerir, e veja seus colaboradores como talentos de extrema importância para o seu negócio.

Assim, certamente será muito mais simples encontrar boas medidas de salário emocional, que realmente ofereça o contento necessário à equipe!

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